domingo, 22 de agosto de 2010

D-day

Se, no início do dia, me perguntassem “Planos para hoje?” a minha resposta seria, muito provavelmente, “Não sei, não tenho.”, o que até faz sentido, visto que é hoje domingo e por estas bandas está quase tudo fechado. Bem, é domingo, e o tempo estava, como seria de esperar, fraquinho…
No entanto, depois de umas horas a engonhar, mergulhada num estado de profunda calmaria, entre música clássica, guias turísticos, mapas, percursos e paragens de autocarro que me permitiriam, em teoria, planear o amanhã, finalmente levei a melhor sobre o tempo (“Mess with the best, die like the rest”).
Assim que a chuva deu lugar a um céu azul acinzentado, onde, ocasionalmente, o sol tentava espreitar, eu fiz o que seria de esperar num sítio destes: peguei nos objectos habituais (máquina fotográfica, leitor de música, óculos de sol e telemóvel) e saí porta (janela, para ser mais específica) fora.











Ao fim de uns minutos a fotografar e a explorar caminhos, fui dar a um local vagamente familiar: o sítio por onde tinha passado com os Andrés, na terça-feira, enquanto procurávamos uma entrada para a residência. Rapidamente subi o pequeno monte e passei para o lado de lá: relva, relva, relva, campo de futebol e, mais à frente, campos de basket. Simplesmente perfeito.










Naturalmente contentar-me-ia com isto: bom tempo (sem o calor aparvalhado e exagerado que se faz(ia) sentir em Portugal), natureza, fotografia e "desporto". Sim, parecia-me suficientemente bom. Mas a tarde tinha mais para dar e depressa cheguei a uma espécie de parque infantil com baloiços e escorregas e… bem, não vale a pena continuar, vocês sabem como é.


Já aí estava há um bocado quando, ao longe, ouvi uns rapazes a falar enquanto se aproximavam. Tomei consciência de que fazer figuras tristes não era a minha melhor opção e com isto voltei para trás. Através de umas olhadelas furtivas percebi que para além de dois deles estarem a andar de patins, um outro trazia uma bola de basket que driblava frequentemente. Quão melhor poderia o dia chegar a ser?!
Desta vez não tive pressa; limitei-me a tirar mais algumas fotos e a esperar que eles me alcançassem.


Por fim lá meti conversa com eles e perguntei se podia fazer uns lançamentos. Simpáticos, disseram que sim, ainda que desconfiados (de notar que qualquer um deles tinha pelo menos um palmo e meio a mais que eu…). Passaram-me a bola e… bem, não há outra maneira de dizer isto, senti-me em casa. Eu estava em casa.
Assim que viram que eu percebia minimamente daquilo, desafiaram-me para uma partida de "Tyr" (espécie de “Jogo do 21”, mas muito mais challenging). E depois outra, e outra, e outra, …
Com pausas para refrescar e com muita conversa pelo meio, fiquei a conhecer os dinamarqueses Søren, Martin e Jim. Aproveitando a oportunidade para mais umas fotos e para ensinar uns “moves” ao Jim, as horas foram passando, e aquilo que prometia ser um dia de descanso e pasmaceira, acabou por se reflectir numa tarde espectacular, cheia de humor e actividade.


Enfim, plagiando um certo slogan, “Há mais em Aarhus do que você imagina!”.

7 comentários:

R.P. disse...

Só fiquei com uma dúvida: deste baile ou não? :P

shorty disse...

Essa pergunta ofende-me. Sou ou não sou tua irmã? :D

Any disse...

Boa Shorty!Mostra que a tuga é de fibra!

Rui Pascoal disse...

Parque infantil? Não há dúvida, estás com a tua gente! :)

tia nini disse...

Oá Ana
Por cá o dia está acinzentado,não está frio, uns pinguitos caem e sopra uma ligeira brisa, abafado a "cheirar" a trovoada. Como vês o nosso verão já lá vai...
Quanto ao verde (tirando o da horta) não há comparação possível. As tuas vistas são francamente mais deliciosas e agradáveis.Quanto à tua prestação no jogo, só duvida quem quer... Eu não.
Beijos tia Nini

Sofia disse...

A jogar com desconhecidos... muito bem! Viva o espírito erasmus! ;P

Anónimo disse...

My God!Netinha, netinha, isso é que é ter descontracção! E viva o espírito "portugalês".
É assim mesmo! Sempre vale a pena os teus "treininhos" no Pedrógão!
Avó Tina